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quarta-feira, 26 de março de 2014

Como um “girassol” gigantesco nos ajudará a identificar planetas gêmeos da Terra


Esta animação mostra o protótipo starshade, uma estrutura gigante projetada para bloquear o brilho das estrelas para que telescópios espaciais futuros possam tirar fotos dos planetas. Crédito: NASA/JPL

 Parece que os anúncios de exoplanetas recém-descobertos estão ocorrendo quase que semanalmente nos dias de hoje – 961 confirmados, de acordo com a última contagem – mas a caçada continua para se encontrar um mundo verdadeiramente parecido com a Terra. 

 E mesmo com 20 exoplanetas categorizados como sendo “potencialmente habitável”, a determinação real da capacidade desses planetas abrigarem a vida como nós conhecemos somente acontecerá com a investigação de suas atmosferas, uma tarefa complicada considerando a proximidade inerente dos mundos de suas estrelas.

 Quando você percebe que o diâmetro do Sol é 109 vezes maior que o da Terra, você pode imaginar o quão difícil seria registrar o nosso próprio planeta coberto de vida até mesmo de uma distância cósmica moderada. Nesse ponto é onde entra o starshade da NASA.

 Como uma enorme flor de origami, a starshade trabalharia numa tenda com um telescópio espacial para bloquear o brilho das estrelas alvos, permitindo que seus planetas fossem observados diretamente e suas atmosferas poderiam então ser estudadas com detalhes impressionantes.

 O segredo está nas pétalas da starshade, que, uma vez que estiverem abertas terão 34 metros de diâmetro, estão sendo desenhados especificamente para reduzir a distorção da luz ao redor das bordas.

 “Menos distorção da luz significa que a sombra da starshade é muito escura, assim, o telescópio pode fazer imagens dos planetas sem ser atrapalhado pela luz das estrelas”, disse o Dr. Stuart Shaklan, engenheiro chefe do projeto starshade no Laboratório de Propulsão a Jato.

 Lançada juntamente com um telescópio espacial, a starshade usaria então um sistema de propulsão a bordo para posicioná-la à frente do telescópio e entre os alvos de observação.

 De maneira alternativa, ela também poderia ser usada com telescópios existentes, como o Telescópio Espacial James Webb que está programado para ser lançado em 2018. Pode ser que a flor poderosa é o que a NASA precisa para registrar o verdadeiro irmão gêmeo da Terra.

 “A missão starshade permitiria que fosse possível imagear diretamente exoplanetas do tamanho da Terra, rochosos, algo que não poderia ser feito do solo”, disse Jeremy Kasdin, um professor de Princeton e o principal pesquisador do projeto starshade.

 “Nós seremos capazes de mostrar para as pessoas uma foto de um ponto e explicar que aquele ponto é uma outra Terra”.

Fonte (em inglês): Discovery News
Via: CiencTec

terça-feira, 25 de março de 2014

Acompanhe ao vivo o lançamento da Expedição 39 para a Estação Espacial Internacional


 Um astronauta da NASA e dois cosmonautas estão prestes a ser lançado para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), hoje (25) ás 18h17m (horário de Brasília) e você pode assistir ao vivo online logo acima.

 Steven Ray Swanson da NASA e os cosmonautas Alexandr Skvortsov e Oleg Artemyev estão programados para ir à estação no topo de uma nave espacial russa Soyuz a partir do Cosmódromo de Baikonur, localizado no Cazaquistão.

 A Soyuz levando o trio de tripulantes para a estação espacial irá elevar o número total de residentes até seis.

 Eles vão se juntar com Richard Mastracchio da NASA, cosmonauta Mikhail Tyurin e o astronauta japonês Koichi Wakata (comandante da estação) como parte da tripulação da Expedição 39.

Membros da tripulação da Expedição 39 no Johnson Space Center da NASA. Na primeira fila á direita está o astronauta comandante Koichi Wakata (JAXA) e o astronauta engenheiro de voo Steven Ray Swanson (NASA), á esquerda. Na fileira de trás estão os cosmonautas russos Oleg Artemyev, Alexandr Skvortsov, Mikhail Tyurin e o astronauta Richard Mastracchio, todos os coordenadores de voo. Crédito: NASA/Bill Stafford
Desfecho: www.goo.gl/xI7goK

segunda-feira, 24 de março de 2014

Mandacaru time-lapse


 O incrível vídeo time-lapse acima, não é somente mais um vídeo time-lapse, na verdade é um vídeo de extrema beleza que fará com certeza que valha a pena você gastar cinco minutos do seu dia para ver essa maravilha de vídeo. 

 O projeto brasileiro com qualidade inédita “Mandacaru” relatou as circunstâncias para registrar o vídeo: “Saímos do Rio de Janeiro, bairro de Copacabana, em um fusca de ano 1994, com destino o sertão do Ceará”. 

 “Foram mais de 2.700 km de ida, viajamos durante três dias, 900 km por dia, em média, 14 horas por dia de direção”. 

 O Mandacaru também relata os problemas que tiveram durante sua viagem: “O primeiro problema ocorreu na Serra de Petrópolis, o motor do fusca parou”. “Não podíamos abortar nossa viagem!” 

 Através de uma ligação e com todo o empenho e esforço possível, o motor voltou a funcionar e eles puderam continuar com sua missão. Chegando perto do destino eles dormiram em hotéis de beira de estrada durante a noite. 

 Faltando 300 km para chegarem a Parambu, Ceará, eles perceberam que o motor do carro começou a trabalhar com apenas dois cilindros. “Foram os 300 km mais longos, demorados e sofridos de nossas vidas”. 

 “Percorremos de fusca aproximadamente 2363.12 km para chegarmos em uma cidade, onde existem cinco moradores, ficamos no local mais de duas semanas, registrando imagens raras”. 

 Chegando ao Sertão dos Inhamuns, onde a umidade do ar fica entre 33% e 45%, assim deixando a atmosfera com pouca umidade e a poluição do ar e a poluição luminosa no local é praticamente 0% ao redor de seus 63 km quadrados, assim eles acreditam que lá exista um dos melhores pontos de observação do Brasil. 

 O GOASA parabeniza o projeto Mandacaru tão talentoso e belo, pelos seus esforços e seus incríveis registros, que tal beleza é infelizmente desconhecida por muitos brasileiros, desejamos muito sucesso!

Encontre o Mandacaru no Facebook e no Vimeo.

Especialista em plataforma time-lapse Diogo Luna, direção e fotografia Marcius Clapp.

Telescópio Spitzer da NASA traz uma visão em 360 graus da Galáxia ao nosso alcance

Um novo panorama feito pelo Telescópio Espacial Spitzer da NASA, mostra-nos um plano de todo o caminho em torno de nós da nossa galáxia em luz infravermelha. Crédito: NASA/JPL-Caltech/Universidade de Wisconsin.
Passear pela Via Láctea agora é tão fácil como clicar em um botão, com o novo zoom nesse mosaico de 360 graus da NASA apresentado quinta-feira na conferência TEDActive 2014, em Vancouver, no Canadá.

O panorama da nossa galáxia repleta de estrelas é construído a partir de mais de 2 milhões de snapshots em infravermelho, tirados ao longo dos últimos 10 anos pelo Telescópio Espacial Spitzer da NASA.

“Se nós realmente fôssemos imprimir isso, precisaríamos de um outdoor tão grande quanto o do Rose Bowl Stadium para exibi-lo”, disse Robert Hurt, um especialista em imagens do Centro de Ciência Espacial Spitzer da NASA em Pasadena, Califórnia.

“Ao invés disso, criamos um visualizador digital que qualquer pessoa, até mesmo os astrônomos, pode usar”.

O mosaico de 20 gigapixels utiliza o Microsoft WorldWide Telescope como plataforma de visualização. Ele capta cerca de 3% do nosso céu, mas por se concentrar em uma faixa em torno da Terra onde se encontra o plano da Via Láctea, ele mostra mais da metade de todas as estrelas da galáxia.

A imagem, derivada principalmente do projeto Galactic Legacy Mid-Plane Survey Extraordinaire, ou GLIMPSE360, está on-line em: www.spitzer.caltech.edu/glimpse360

Spitzer, lançado ao espaço em 2003, passou mais de 10 anos estudando tudo, de asteroides em nosso Sistema Solar á galáxias mais remotas na borda do Universo observável. Nesse tempo, ele passou um total de 4,142 horas (172 dias) tirando fotos do disco, ou plano, da nossa galáxia Via Láctea em luz infravermelha.

Esta é a primeira vez em que essas imagens foram costuradas em uma única visão tão abrangente. Nossa galáxia é um disco espiral plano, o nosso Sistema Solar fica no exterior de um terço da Via Láctea em um de seus braços espirais. Quando olhamos para o centro de nossa galáxia, vemos uma região empoeirada e cheia de estrelas.

Telescópios de luz visível não enxergam tão longe nessa região, pois aumenta a quantidade de poeira com a distância, bloqueando a luz das estrelas. A luz infravermelha, no entanto, viaja através da poeira e permite que o telescópio Spitzer veja o centro da galáxia.

“Spitzer está nos ajudando a determinar onde se encontra a borda da Galáxia”, disse Ed Churchwell, co-líder da equipe GLIMPSE na Universidade de Wisconsin, Madison.

“Estamos mapeando o posicionamento dos braços espirais e traçando o formato da Galáxia”.

Usando dados do GLIMPSE, os astrônomos criaram o mapa mais preciso da grande barra central de estrelas que marca o centro da galáxia, revelando que essa barra pode ser um pouco maior do que se pensava anteriormente.

Imagens do GLIMPSE também mostraram uma galáxia repleta de bolhas. Essas estruturas de bolhas são cavidades ao redor de estrelas maciças, que sopram seus arredores com explosões e radiação.

Juntar todos os dados permite aos cientistas construir um modelo global de estrelas e de formação estelar na galáxia — que alguns chamam de “pulso” da Via Láctea. Spitzer pode ver estrelas tênues nos lugares mais remotos da nossa galáxia — regiões exteriores e mais escuras que foram largamente inexploradas anteriormente.

“Há um conjunto de muito mais estrelas de massa menor vistas agora em larga escala com Spitzer, permitindo um grande estudo”, disse Barbara Whitney, co-líder da equipe GLIMPSE na Universidade de Wisconsin, Madison.

“Spitzer é sensível o suficiente para pegá-las e iluminar todo o interior com as estrelas em formação”.

A equipe do Spitzer havia divulgado anteriormente uma compilação de imagens que mostrava 130 graus de nossa galáxia, com foco em sua parte central. A nova visão de 360 graus guiará o próximo Telescópio Espacial James Webb, da NASA, para os locais mais interessantes de formação estelar, onde ele irá fazer observações ainda mais detalhadas em infravermelho.

Algumas seções do mosaico GLIMPSE incluem dados de longo comprimento de onda a partir do Wide-field Infrared Survey Explorer ou WISE, da NASA, que digitalizou todo o céu em luz infravermelha.

Os dados GLIMPSE também fazem parte de um projeto de ciência cidadã, onde os usuários podem ajudar a catalogar bolhas e outros objetos em nossa galáxia Via Láctea.

Para participar, acesse (em inglês): www.milkywayproject.org

Mais informações sobre o Spitzer acesse (em inglês): www.nasa.gov/spitzer

Fonte (em inglês): NASA
Colaboração: Ivan Lopes

domingo, 23 de março de 2014

NASA observa o Dia Mundial da Água

Visto do espaço, a característica mais marcante do nosso planeta é a água. Na forma líquida e congelada, ela cobre 75% da superfície da Terra. Ela enche o céu com nuvens. A água está praticamente em todos os lugares da Terra, do interior da crosta rochosa até dentro de nossas células. Crédito: NASA/MODIS
Ontem, dia 22 de março de 2014, a NASA comemorou o Dia Mundial da Água. Enquanto o nosso planeta é cerca de 71% de água, apenas 3% está disponível como água doce. E muitas pessoas não têm acesso a fontes de água segura e limpa.

Em um planeta de água como a Terra, “seguir a água” é uma grande tarefa, mas que é essencial para prever o futuro do nosso clima e da disponibilidade de recursos hídricos em todo o mundo. As pesquisas da NASA produzem muitos benefícios, incluindo uma melhor previsão ambiental, bem como uma preparação para desastres naturais e mudanças climáticas.

E a tecnologia que a NASA tem desenvolvido para manter os astronautas seguros e saudáveis no espaço beneficiam as pessoas em solo, através de novas formas de monitorar os recursos hídricos e purificar a água para o uso seguro.

A água é uma peça fundamental da vida na Estação Espacial Internacional. Quase toda a água utilizada e produzida pelos astronautas é reciclada — o Sistema de Controle Ambiental e Apoio à Vida recicla cerca de 93% da água que recebe.

E a NASA continua a melhorar a forma como utiliza e recicla água, a fim de se preparar para futuras missões de longa duração de exploração do espaço a um asteroide e à Marte. Essa mesma tecnologia já está sendo usada em esforços humanitários para fornecer água potável para as pessoas após desastres naturais e em outras áreas do mundo onde a água potável não está disponível.

Aqui na Terra, as mudanças globais terão impacto sobre muitos aspectos da sociedade, incluindo os recursos globais como água, segurança alimentar, saúde humana, riscos naturais, biodiversidade e relações internacionais.

Pessoas da NASA e da ciência em geral estão trabalhando para documentar e compreender as mudanças em nosso planeta, prever suas ramificações e compartilhar essas informações com quem toma decisões para melhor analisar, antecipar e agir para influenciar nos acontecimentos que afetam a nós e as futuras gerações.

Em 2014, pela primeira vez em mais de uma década, cinco missões científicas da NASA serão lançadas ao espaço em um ano.

Juntamente com a frota existente de satélites da NASA, missões no ar e os pesquisadores, estas novas missões irão ajudar a responder alguns dos principais desafios críticos que ameaçam o nosso planeta hoje e no futuro: mudanças climáticas, elevação do nível do mar, recursos de água doce e fenômenos meteorológicos extremos.

Fonte (em inglês): NASA
Colaboração: Ivan Lopes

quarta-feira, 19 de março de 2014

Sonda Cassini pode ter registrado ondas nos mares de Titã

O instrumento da sonda Cassini, VIMS (Visible and Infrared Mapping Spectrometer), apresenta uma imagem de reflexão espetacular dos muitos lagos de Titã durante um sobrevoo em 24 de julho de 2012. Crédito: NASA/JPL-Caltech/SSI/Jason W. Barnes et al.
Não é surpresa que a região polar norte de Titã seja coberta por vastos lagos e mares de metano líquido – essas feições foram imageadas muitas vezes pela sonda Cassini durante seus dez anos em órbita ao redor do sistema de Saturno. O que surpreende, é como são suaves as superfícies desses lagos.

Alguém, porém, poderia pensar que essas grandes expansões de superfícies líquidas – alguns mares de Titã são maiores que os Grandes Lagos da América do Norte – poderiam exibir no mínimo uma pequena atividade num mundo com uma atmosfera tão densa como Titã.

Mas, repetidas imagens de radar têm mostrado que as suas superfícies são muito suaves. Nos últimos anos, os cientistas quebraram a cabeça sobre essa anomalia, mas agora eles podem ter finalmente visto uma luz no fim do túnel, ou seja, a luz refletida daquilo que poderia ser na verdade, ondas em Titã.

Usando dados adquiridos durante os sobrevoos realizados em Titã em 2012 e 2013, o cientista planetário Jason Barnes, da Universidade de Idaho, e uma equipe de pesquisadores de algumas outras instituições incluindo, o JPL (Jet Propulsion Laboratory), Cornell, e o MIT, identificaram que possam existir ondas na superfície do Punga Mare, um dos maiores lagos de Titã.

Para se ter uma ideia da escala, o Lago Vitoria, o maior lago da África, poderia tranquilamente caber dentro do Punga Mare de Titã que tem 380 km de largura.

As variações em detalhes espetaculares de quatro pixels observados na superfície de Punga Mare pelo instrumento VIMS (Visible and Infrared Mapping Spectrometer) da Cassini têm sido interpretadas pela equipe como sendo resultado de ondas – ou, talvez, ondulações, com uma altura estimada de 2 centímetros.

Mapa da região polar norte de Titã feita a partir de imagens de radar de alta resolução da sonda Cassini. Crédito: NASA/JPL/USGS
Se as observações da Cassini interpretadas por Barnes e outros, sejam indicativas de ondas no Punga Mare, elas poderiam também explicar variações especulares anteriores vistas em outros corpos de líquido como o menor Kivu Lacus (imagem principal da matéria).

“Se a descoberta se confirmar, representará as primeiras ondas em superfície de mares conhecidas fora da Terra”, disse Jason W. Barnes.

Novamente, as ondas não são as únicas explicações. Variações especulares similares poderiam também ser causadas pela superfície molhada – como uma lama achatada de metano. Observações futuras serão necessárias para confirmar ou não a real presença de ondas em Titã.

Fonte (em inglês): Universe Today
Via: CiencTec