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domingo, 8 de março de 2015

Marte: O planeta que perdeu um oceano de água

Estas concepções artísticas mostram como Marte poderia ter sido há quatro bilhões de anos. O jovem planeta poderia ter tido água suficiente para cobrir toda a sua superfície com uma camada líquida cerca de 140 metros de profundidade, mas o mais provável é que o líquido tenha se juntado para formar um oceano que ocuparia quase metade do hemisfério norte de Marte, onde algumas zonas teriam atingido uma profundidade maior do que 1,6 quilômetros. Crédito: © ESO/M. Kornmesser
 Um oceano primitivo em Marte continha mais água do que o Oceano Ártico na Terra, e cobria uma maior porção da superfície do planeta do que a coberta pelo Oceano Atlântico, de acordo com novos resultados publicados.

 Uma equipe internacional de cientistas utilizou o Very Large Telescope do ESO, assim como instrumentos do Observatório W. M. Keck e do Infrared Telescope Facility da NASA, para monitorar a atmosfera do planeta e mapear as propriedades da água em diversas regiões da atmosfera de Marte durante um período de seis anos.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Astrônomos descobriram o maior e o mais luminoso buraco negro até o momento

Ilustração artística do monstro supermassivo buraco negro no coração de um quasar no Universo distante. Os cientistas dizem que o novo buraco negro SDSS J010013.02+280225.8 é o maior e mais brilhante já encontrado. Crédito: © Zhaoyu Li (Shanghai Astronomical Observatory)
 Os astrônomos descobriram o maior e mais luminoso buraco negro já observado — um antigo monstro com uma massa cerca de 12 bilhões de vezes a massa do Sol — que data de quando o Universo tinha menos de 1 bilhão de anos de idade.

 Ainda é um mistério como os buracos negros poderiam atingir um tamanho tão grande num período relativamente breve no início do Universo, dizem os pesquisadores. Acredita-se que os buracos negros supermassivos habitam o coração das grandes galáxias.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Olhando para o Universo profundo em 3D

Esta composta imagem profunda apresenta a região conhecida como Hubble Deep Field South, obtida pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA. As novas observações obtidas com o instrumento MUSE instalado no Very Large Telescope do ESO detectaram galáxias remotas que não foram observadas pelo Hubble. Está destacado dois exemplos nesta imagem. Estes objetos são completamente invisíveis na imagem do Hubble, mas aparecem de forma proeminente nas regiões apropriadas da imagem em três dimensões obtida pelo MUSE. Crédito: © ESO/MUSE Consortium/R. Bacon
 O instrumento MUSE (Multi Unit Spectroscopic Explorer) instalado no Very Large Telescope (VLT) do ESO deu aos cientistas a melhor visão tridimensional do Universo profundo obtida até hoje.

 Após observar a região do Hubble Deep Field South (HDF-S) durante 27 horas, as novas observações revelam distâncias, movimentos e outras propriedades do que as que tinham sido observadas até agora nesta minúscula região do céu.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Hubble obteve a melhor imagem de um disco circunstelar de detritos distorcido por um exoplaneta

Quando compararam as últimas imagens do Hubble com as imagens de 1997, os cientistas descobriram que a distribuição da poeira no disco mudou em mais de 15 anos, apesar do fato da estrutura inteira estar orbitando a estrela como um carrossel. Créditos: © NASA, ESA e D. Apai e G. Schneider (Universidade do Arizona)
 Cientistas internacionais utilizando o Telescópio Espacial Hubble registraram a imagem mais detalhada até o momento de um grande disco de poeira e gás, circundando a estrela Beta Pictoris de 20 milhões de idade. A estrela Beta Pictoris permanece até hoje sendo o único disco de detritos diretamente imageado que tem um planeta gigante em sua orbita.

 Devido ao seu período orbital ser comparativamente curto (estimado entre 18 e 22 anos), os cientistas podem observar grande movimentação em poucos anos. Isto permite o estudo de como o disco da Beta Pictoris é distorcido pela presença de um massivo planeta mergulhado dentro do seu disco.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Estrela de Scholz: Sistema binário atravessou a nuvem de Oort há 70 mil anos

Esta imagem composta de cores falsas apresenta a estrela binária Scholz (centro). Crédito: © V. D. Ivanov et al.
 Uma equipe internacional de cientistas, liderada pelo Dr. Eric Mamajek (Universidade de Rochester), determinou que aproximadamente há 70 mil anos, o recém-descoberto, próximo e de pouca massa, sistema binário WISE J072003.20-084651.2 passou a uma distância de apenas 0.8 anos-luz do Sol, ou seja, dentro da distante nuvem de cometas, conhecida como nuvem de Oort.

 Não se tem conhecimento, pelo menos até hoje, de nenhuma outra estrela que tenha se aproximado tanto assim do Sistema Solar — cerca de 5 vezes mais perto do que a atual estrela mais próxima do Sol, Proxima Centauri.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

O estranho caso da anã marrom desaparecida

Esta imagem apresenta o céu em torno da dupla estrela incomum V471 Tauri. O objeto propriamente dito é visível como uma estrela comum de brilho moderado no centro da imagem. Esta imagem foi desenvolvida a partir de dados do Digitized Sky Survey 2. Crédito: © ESO/Digitized Sky Survey 2
 O novo instrumento SPHERE instalado no Very Large Telescope do ESO foi utilizado para procurar uma anã marrom que pensava-se estar em órbita de uma estrela dupla incomum, V471 Tauri. O SPHERE forneceu aos astrônomos a melhor visão até hoje do meio que circunda este intrigante objeto e o que descobriu-se foi nada!

 A ausência surpreendente desta anã marrom prevista de forma sólida significa que a explicação convencional do comportamento estranho da V471 Tauri está incorreta. Este resultado inesperado encontra-se descrito no primeiro artigo científico baseado em observações do SPHERE. Alguns sistemas são constituídos por duas estrelas normais com massas ligeiramente diferentes.