Devido ao seu período orbital ser comparativamente curto (estimado entre 18 e 22 anos), os cientistas podem observar grande movimentação em poucos anos. Isto permite o estudo de como o disco da Beta Pictoris é distorcido pela presença de um massivo planeta mergulhado dentro do seu disco.
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Imagem registrada em 1997 pelo Hubble da poeira ao redor da Beta Pictoris. Créditos: © NASA, ESA e D. Apai e G. Schneider (Universidade do Arizona) |
“As novas imagens revelam o disco interno e confirmam as estruturas previstas”. “Esta descoberta valida os modelos que nos ajudarão a deduzir a presença de outros exoplanetas em outros discos”. O gigante planeta gasoso no sistema Beta Pictoris foi diretamente imageado na luz infravermelha pelo Very Large Telescope há seis anos.
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Imagem registrada em 2012 pelo Hubble da poeira ao redor da Beta Pictoris. Créditos: © NASA, ESA e D. Apai e G. Schneider (Universidade do Arizona) |
Isto significa que a estrutura do disco é suavemente contínua na direção da sua rotação na escala de tempo, aproximadamente, acompanhando o período orbital do planeta. Em 1984 a Beta Pictoris foi a primeira estrela descoberta a abrigar um disco brilhante de poeira e detrito circunstelar que dispersa a luz, desde então, a Beta Pictoris tem sido objeto de intenso estudo do Hubble.
As observações espectroscópicas realizadas pelo Hubble em 1991 descobriram a evidência de cometas extrasolares que frequentemente caem em direção à estrela. O disco é facilmente observado porque ele está de lado e é especialmente brilhante devido à grande quantidade de poeira que dispersa a luz presente no disco.
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Imagem da Beta Pictoris obtidas pelo Hubble e ALMA. Créditos: © NASA, ESA e D. Apai e G. Schneider (Universidade do Arizona) |
Uma coisa que os cientistas aprenderam recentemente sobre os discos de detritos circunstelares é que suas estruturas e a quantidade de poeira, é incrivelmente diversificada, e pode estar relacionada com os locais e com as massas dos planetas presentes nesses sistemas.
“O disco da Beta Pictoris é o protótipo para um sistema de detrito circunstelar, mas ele pode não ser um bom exemplo”, disse o coautor Glenn Schneider da Universidade do Arizona.
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Comparação entre as imagens e a escala da Beta Pictoris. Créditos: © NASA, ESA e D. Apai e G. Schneider (Universidade do Arizona) |
Em particular, um arco brilhante de poeira e gás no lado sudoeste do disco pode ser o resultado da pulverização de um corpo do tamanho de Marte que passou por uma enorme explosão.
Tanto as imagens de 1997 e de 2002 foram registradas na luz visível no Hubble pelo Space Telescope Imaging Spectrograph, no modo de imageamento coronográfico. Um coronógrafo tem por objetivo bloquear a luz e o brilho da estrela central de modo que o disco possa ser observado.
‣ Fonte (em inglês): HubbleSite
‣ Via: CiencTec
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