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sábado, 21 de junho de 2014

Pesquisadores desenvolvem novo modelo baseado no metano para auxiliar na detecção de vida em exoplanetas

Composição artística do gigante exoplaneta HD 189733b e sua estrela-mãe. Créditos: NASA, ESA & STScI (G. Bacon)
 Um novo modelo poderoso para detectar vida em planetas fora do nosso Sistema Solar mais preciso do que qualquer outro, tem sido desenvolvido pela University College London (UCL). O novo modelo foca no metano, a molécula orgânica mais simples, e vastamente conhecida por ser um sinal potencial de vida.

 Os pesquisadores da UCL e da University of New South Wales desenvolveram um novo espectro para o metano “quente”, que pode ser usado para detectar moléculas em temperaturas acima daquelas experimentadas na Terra, acima de 1220 graus Celsius — algo que não era possível antes.

 Para descobrir do que os planetas remotos orbitando outras estrelas são feitos, os astrônomos analisam a maneira com a qual suas atmosferas absorvem a luz da estrela de diferentes cores e comparam com um modelo, ou “espectro” para assim identificar as diferentes moléculas.

 “Os modelos atuais de metano são incompletos levando a uma severa subestimativa dos níveis de metano nos planetas”, disse Jonathan Tennyson da UCL.

 “Nós antecipamos que o nosso novo modelo terá um grande impacto em estudos futuros dos planetas e das estrelas frias externas ao nosso Sistema Solar, ajudando potencialmente os cientistas a identificarem os sinais de vidas extraterrestres”.

 O estudo descreve como os pesquisadores usaram alguns dos supercomputadores mais avançados do Reino Unido, fornecidos pelo projeto Distributed Research utilizing Advanced Computing (DiRAC) e rodaram pela University of Cambridge, para calcular aproximadamente 10 bilhões de linhas espectroscópicas, cada uma com uma cor distinta onde o metano pode absorver luz.

 A nova lista de linhas é 2.000 vezes maior do que qualquer estudo anterior, o que significa que ele pode nos dar informações mais precisas num intervalo maior de temperaturas do que era anteriormente possível.

 “O espectro compreensivo que nós criamos só foi possível com a impressionante potência dos supercomputadores modernos, que são necessários para as bilhões de linhas necessárias para a modelagem”, disse Sergei Yurchenko.

 “Nós limitamos a temperatura a 1230 graus Celsius para ajustar a capacidade disponível, assim mais pesquisas poderiam ser feitas para expandir o modelo para temperaturas mais altas”.

 “Nossos cálculos necessitam cerca de 3 milhões de horas de processamento de unidade central sozinho, poder de processamento esse, somente acessível para nós através do projeto DiRAC”.

 “Estamos entusiasmados por ter usado essa tecnologia para avançar de forma significante além dos modelos prévios disponíveis para os pesquisadores estudarem o potencial de vida nos objetos astronômicos, e nós estamos ansiosos para ver o que o nosso novo espectro os ajudará a descobrir”, disse Yurchenko.

 O novo modelo tem sido testado e verificado reproduzindo com sucesso em detalhe a maneira com a qual o metano presente nas estrelas falhas (chamadas anãs marrons) absorve a luz.

‣ Fonte (em inglês): Astronomy Magazine
‣ Via: CiencTec

Um comentário:

  1. Isso é realmente interessante, um grande passo para a ciência, mas será que é possível a ver uma vida que responde a uma atmosfera totalmente diferente da nossa?

    E se tiver talvez possamos estar perdidos, visto que talvez eles sejam bem mais fortes e evoluídos que os seres vivos terrestres.

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