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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Para onde foram todas as estrelas?


Esta imagem da nebulosa escura LDN 483 foi obtida com o instrumento Wide Field Imager (WFI) montado no telescópio MPG/ESO de 2,2 metros, no Observatório de La Silla no Chile. LDN 483 é na realidade uma região do espaço cheia de gás e poeira. Estes materiais encontram-se em quantidade suficiente para obscurecerem de modo efetivo a radiação emitida pelas estrelas no campo de fundo. LDN 483 situa-se a cerca de 700 anos-luz de distância, na Constelação da Serpente. Crédito: © ESO
   Nesta nova e intrigante imagem do ESO parecem faltar algumas das estrelas. No entanto, o vazio negro que observamos neste campo estelar resplandecente não é na realidade um buraco, mas sim uma região do espaço cheia de gás e poeira, uma nuvem escura chamada Lynds Dark Nebula 483 (LDN 483).

   Tais nuvens são o local de nascimento de futuras estrelas. O Wide Field Imager, um instrumento montado no telescópio ESO/MPG de 2,2 metros, instalado no Observatório de La Silla do ESO no Chile, capturou esta imagem da nebulosa escura LDN 483 e do seu meio circundante.

domingo, 21 de dezembro de 2014

As estrelas quentes e azuis de Messier 47

Esta imagem espetacular do aglomerado estelar Messier 47 foi obtida com a câmera Wide Field Imager, instalada no telescópio MPG/ESO de 2,2 metros no Observatório de La Silla do ESO, no Chile. Apesar deste jovem aglomerado aberto ser dominado por estrelas azuis brilhantes, contém também algumas estrelas gigantes vermelhas contrastantes. Crédito: © ESO
 Apesar deste jovem aglomerado aberto ser dominado por estrelas azuis e brilhantes, contém também algumas estrelas gigantes vermelhas contrastantes. O aglomerado estelar Messier 47 situa-se a aproximadamente 1.600 anos-luz de distância da Terra, na Constelação da Popa.

 Foi observado pela primeira vez alguns anos antes de 1664 pelo astrônomo italiano Giovanni Battista Hodierna e descoberto mais tarde de forma independente por Charles Messier que, aparentemente, não tinha conhecimento da observação feita anteriormente por Hodierna.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O campo magnético ao longo do plano galáctico

Créditos: © ESA/Planck Colaboração. Reconhecimento: M.-A. Miville-Deschênes, CNRS/Instituto de Astrofísica Espacial & Universidade Paris-Sul
 Embora as tonalidades em pastel e a fina textura dessa imagem possam lembrar as pinceladas de um artista em sua tela, elas são de fato uma visualização dos dados obtidos pela sonda Planck da ESA. A imagem apresenta a interação entre a poeira interestelar na Via Láctea e a estrutura do campo magnético de nossa galáxia.

 Entre os anos de 2009 e 2013, a sonda escaneou o céu para detectar a mais antiga luz da história do Universo — a radiação cósmica de fundo em micro-ondas.

 A sonda também detectou uma significante emissão em primeiro plano de material difuso na nossa galáxia, que, embora seja um ruído para os estudos cosmológicos, é extremamente importante para estudar o nascimento das estrelas e outros fenômenos na Via Láctea.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Uma nova dimensão na evolução das galáxias

Uma nova evolução das galáxias foi capturada nesta imagem. Crédito: © NASA/CFHT/NRAO/JPL-Caltech/Duc/Cuillandre
 Alguns são muito quentes, mas para a criação de novas estrelas um ambiente cósmico frio é ideal. Como sugere um novo estudo, uma onda de gás quente em uma galáxia próxima — que restou após aniquilar uma outra galáxia separada — extinguiu a formação de estrelas agitando o gás frio disponível.

 Os únicos encontrados que ilustram uma nova dimensão na evolução da galáxia, obtidos pelo Observatório Espacial Herschel da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), no qual a NASA desempenhou um papel fundamental utilizando os telescópios espaciais Spitzer e Hubble.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

A galáxia do Olho de Sauron fornece uma nova maneira de se medir à distância das galáxias

Imagem composta. Crédito: © X-ray: NASA/CXC/CfA/J.Wang et al.; Óptica: Isaac Newton Group of Telescopes, La Palma/Jacobus Kapteyn Telescope, Rádio: NSF/NRAO/VLA
 Uma equipe de cientistas liderada por Sebastian Hoeing, da Universidade de Southampton, na Inglaterra, mediu com precisão a distância para a galáxia próxima NGC 4151, usando o Interferômetro do Observatório W. M. Keck.

 A equipe utilizou uma nova técnica que eles desenvolveram na qual permite medir distâncias precisas das galáxias localizadas a dezenas de milhões de anos-luz de distância. A nova técnica é similar àquela utilizada para medir o tamanho físico e angular, ou aparente, de um objeto distante, para calcular a sua distância a partir da Terra.

 Distâncias previamente reportadas para a NGC 4151, que contém um buraco negro supermassivo, variavam de 4 a 29 megaparsecs (13 a 94,5 milhões de anos-luz), mas usando essa nova técnica mais precisa, os pesquisadores calcularam a distância até o buraco negro supermassivo com precisão, como sendo de 19 megaparsecs (62 milhões de anos-luz).

 A galáxia NGC 4151 é referenciada como Olho de Sauron pelos astrônomos devido à sua similaridade com o Olho de Sauron da trilogia cinematográfica, O Senhor dos Anéis. Como na famosa saga, o anel tem um papel crucial nessa nova medida.

Imagem em raio X. Crédito: © NASA/CXC/CfA/J.Wang et al.
 Todas as grandes galáxias no Universo abrigam um buraco negro supermassivo em seu centro, e em cerca de 10% de todas as galáxias, esses buracos negros supermassivos estão crescendo engolindo uma grande quantidade de gás e poeira do ambiente ao redor.

 Nesse processo, o material é aquecido e torna-se muito brilhante — transformando as fontes mais energéticas de emissão no Universo conhecidos como Núcleo Galáctico Ativo (AGN, na sigla em inglês). Essa poeira quente forma um anel ao redor do buraco negro supermassivo e emite radiação infravermelha, que os pesquisadores usam como medição.

 Contudo, o tamanho aparente do anel do Olho de Sauron é muito pequeno, as observações são realizadas usando o Interferômetro do Keck, que combina os telescópios gêmeos de 10 metros do Observatório Keck — os maiores telescópios da Terra — para alcançar o poder de resolução de um telescópio de 85 metros.

 Para medir o tamanho físico do anel empoeirado, os pesquisadores mediram o intervalo de tempo entre a emissão da luz próxima do buraco negro e da emissão de infravermelho mais distante.

Imagem em H-alpha. Crédito: © X-ray: NASA/CXC/CfA/J.Wang et al.; Óptica: Isaac Newton Group of Telescopes, La Palma/Jacobus Kapteyn Telescope, Rádio: NSF/NRAO/VLA
 A distância do centro para a poeira quente é simplesmente o intervalo de tempo dividido pela velocidade da luz. Combinando o tamanho físico do anel de poeira com o tamanho aparente medido com o interferômetro do Keck, os pesquisadores foram capazes de determinar a distância precisa até a NGC 4151.

 “Uma das principais descobertas é que a distância determinada dessa nova maneira é bem precisa — com 90 por cento de precisão”. “De fato, esse método, baseado em princípios geométricos simples, nos dá as distâncias mais precisas para as galáxias remotas”. “Além disso, ele pode ser prontamente usado em muito mais fontes do que os métodos atuais”, disse Hoening.

 “Essas distâncias são fundamentais para estimar os parâmetros cosmológicos que caracterizam o nosso Universo ou em medidas precisas das massas dos buracos negros”. “Nossa nova técnica de medir as distâncias, implica que essas massas podem ter sido sistematicamente subestimadas em 40%”.

Imagem em rádio. Crédito: © Raio X: NASA/CXC/CfA/J.Wang et al.; Rádio: NSF/NRAO/VLA
 Hoening, juntamente com seus colegas na Dinamarca e no Japão, está atualmente ajustando um novo programa para estender o trabalho para muito mais AGN’s.

 O objetivo é estabelecer as distâncias precisas para dezenas de galáxias usando essa técnica e usá-las para restringir os parâmetros cosmológicos dentro de uma pequena porcentagem. Combinada com outras medidas, essa nova técnica fornece um entendimento melhor sobre a história de expansão do Universo.

‣ Fonte (em inglês): Astronomy Magazine
‣ Via: CiencTec

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Uma concentração colorida de estrelas de meia idade

O telescópio MPG/ESO de 2,2 metros instalado no Observatório de La Silla do ESO capturou uma imagem colorida do aglomerado estelar brilhante NGC 3532. Algumas das estrelas ainda brilham numa cor quente azulada, mas muitas já se tornaram gigantes vermelhas e brilham em tons alaranjados. Crédito: © ESO/G. Beccari
 O telescópio MPG/ESO de 2,2 metros instalado no Observatório de La Silla do ESO, no Chile, capturou uma linda imagem colorida do aglomerado estelar brilhante NGC 3532. Algumas das estrelas ainda brilham numa cor quente azulada, mas muitas das mais massivas já tornaram-se gigantes vermelhas e brilham em tons alaranjados.

 NGC 3532 é um aglomerado aberto brilhante situado a cerca de 1.300 anos-luz de distância na Constelação de Carina. Este aglomerado é conhecido de modo informal por aglomerado do Poço dos Desejos, já que lembra moedas de prata espalhadas, lançadas num poço.

 Às vezes, também é chamado de aglomerado da Bola de Futebol Americano, embora esta designação dependa do país em que se vive. Este nome tem origem na sua forma oval, que faz lembrar uma bola de rugby aos cidadãos das nações que praticam este esporte. Este aglomerado estelar muito brilhante pode facilmente ser observado a olho nu a partir do hemisfério sul.

Este mapa revela a Constelação de Carina no céu austral, onde está assinalada a maioria das estrelas visíveis a olho nu numa noite escura e límpida. Está também assinalado o aglomerado aberto brilhante, que pode ser observado a olho nu como uma pequena mancha difusa. Crédito: © ESO/IAU e Sky & Telescope
 Foi descoberto pelo astrônomo francês Nicolas Louis de Lacaille quando a observava na África do Sul em 1752 e catalogado três anos mais tarde, em 1755. Trata-se de um dos aglomerados abertos mais espetaculares de todo o céu. NGC 3532 cobre uma área no céu noturno de quase duas vezes o tamanho da Lua Cheia.

 Foi descrito como um aglomerado rico em binários de estrelas por John Herschel, que observou “várias estrelas duplas elegantes” neste local durante a sua estadia no sul da África, na década de 1830. Adicionalmente, e muito mais relevante como história recente, NGC 3532 foi o primeiro alvo a ser observado pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA, em 20 de maio de 1990.

Esta imagem de grande angular do céu em torno do aglomerado estelar NGC 3532 foi obtida a partir do material fotográfico do Digitized Sky Survey 2. O aglomerado propriamente dito encontra-se no centro da imagem e a estrela brilhante embaixo à esquerda é V382 Carinae — uma estrela hipergigante amarela muito brilhante que se encontra cinco vezes mais afastada da Terra que o próprio aglomerado. Esta estrela é uma das estrelas mais distantes que pode ser observada a olho nu. Crédito: © ESO/Digitized Sky Survey 2. Reconhecimento: Davide De Martin
 Este grupo de estrelas tem cerca de 300 milhões de anos de idade, sendo por isso de meia-idade nos padrões de aglomerados estelares abertos. As estrelas do aglomerado que iniciaram as suas vidas com massas moderadas ainda se encontram a brilhar intensamente em tons azuis esbranquiçados, mas as estrelas mais massivas gastaram já todo o seu combustível de hidrogênio e transformaram-se em estrelas gigantes vermelhas.

 O resultado é que o aglomerado parece rico tanto em estrelas azuis como em estrelas laranjas. As estrelas mais massivas no aglomerado original viveram já as suas breves, mas bastante brilhantes vidas, tendo explodido em supernovas há muito tempo. Existem também numerosas estrelas mais tênues e, portanto menos óbvias.

Este vídeo começa com uma imagem da Via Láctea austral e leva-nos até ao aglomerado estelar aberto NGC 3532. O telescópio MPG/ESO de 2,2 metros instalado no Observatório de La Silla capturou está imagem. Crédito: © ESO/G. Baccari/Digitized Sky Survey 2/N. Risinger (skysurvey.org). Música: movetwo

 São estrelas de massas menores que vivem vidas mais longas e brilham em tons amarelos e vermelhos. NGC 3532 tem cerca de 400 estrelas no total. O céu de fundo, situado numa região rica da Via Láctea, encontra-se inundado de estrelas.

 Observamos também um gás vermelho brilhante e faixas sutis de poeira que bloqueiam a radiação emitida por estrelas mais distantes. Esta poeira e gás provavelmente não estão ligados ao aglomerado propriamente dito, o qual tem idade suficiente para ter “varrido” já há muito tempo qualquer material que tivesse restado no seu meio circundante.

O telescópio MPG/ESO de 2,2 metros instalado no Observatório de La Silla capturou está linda composição do aglomerado estelar, no qual, pode ser observada neste vídeo panorâmico. Crédito: © ESO/G. Beccari

 Esta imagem do NGC 3523 foi obtida pelo instrumento Wide Field Imager, no Observatório de La Silla do ESO em fevereiro de 2013. Estrelas com massas muito maiores que a do Sol têm vidas que duram apenas alguns milhões de anos. Estima-se que o Sol viva cerca de 10 bilhões de anos e estrelas de baixa massa viverão durante centenas de bilhões de anos — muito mais do que a atual idade do Universo.

‣ Fonte: European Southern Observatory (ESO)