Esta imagem espetacular do aglomerado estelar Messier 47 foi obtida com a câmera Wide Field Imager, instalada no telescópio MPG/ESO de 2,2 metros no Observatório de La Silla do ESO, no Chile. Apesar deste jovem aglomerado aberto ser dominado por estrelas azuis brilhantes, contém também algumas estrelas gigantes vermelhas contrastantes. Crédito: © ESO |
Foi observado pela primeira vez alguns anos antes de 1664 pelo astrônomo italiano Giovanni Battista Hodierna e descoberto mais tarde de forma independente por Charles Messier que, aparentemente, não tinha conhecimento da observação feita anteriormente por Hodierna.
Embora seja brilhante e fácil de observar, Messier 47 é um dos aglomerados abertos com menos população. São apenas visíveis cerca de 50 estrelas neste aglomerado, distribuídas numa região com uma dimensão de 12 anos-luz, isto comparado com objetos similares que podem conter milhares de estrelas.
A certeza do erro de Messier e a conclusão firme de que Messier 47 e NGC 2422 eram de fato o mesmo objeto apenas foi estabelecida em 1959 pelo astrônomo canadense T. F. Morris. As cores azuis esbranquiçadas brilhantes destas estrelas são indicativas da sua temperatura, com estrelas mais quentes apresentando a cor azul e as mais frias a vermelha.
Esta relação entre cor, brilho e temperatura pode ser visualizada através da curva de Planck. No entanto, um estudo mais detalhado das cores das estrelas usando espectroscopia dá muita informação aos astrônomos — incluindo a sua velocidade de rotação e composição química.
Messier 46.
Messier 47 encontra-se relativamente perto de nós, a cerca de 1.500 anos-luz, enquanto o Messier 46 se situa a cerca de 5.500 anos-luz de distância e contém muito mais estrelas, pelo menos 500. Apesar de conter mais estrelas, este aglomerado apresenta-se significativamente mais tênue devido à maior distância a que se encontra da Terra.
Esta sequência de vídeo leva-nos numa viagem até o aglomerado estelar brilhante próximo Messier 47. À medida que nos aproximamos observamos também o aglomerado contrastante Messier 46. A imagem final foi obtida com a câmera Wide Field Imager. Crédito: © ESO/Digitized Sky Survey 2/N. Risinger (skysurvey.org). Música: movetwo
Esta imagem de Messier 47 foi criada no âmbito do programa Joias Cósmicas do ESO, uma iniciativa que visa obter imagens de objetos interessantes, intrigantes ou visualmente atrativos, utilizando os telescópios do ESO, para efeitos de educação e divulgação científica.
O programa utiliza pouco tempo de observação, combinado com tempo de telescópio inutilizado, de modo a minimizar o impacto nas observações científicas.
Este vídeo panorâmico dá-nos uma visão detalhada da nova imagem do aglomerado estelar Messier 47, obtida com a câmera Wide Field Imager. Crédito: © ESO. Música: movetwo
Num aglomerado, as estrelas têm todas cerca da mesma idade e possuem a mesma composição química inicial. Por isso, as estrelas massivas brilhantes evoluem mais depressa, tornam-se gigantes vermelhas e terminam as suas vidas, deixando as menos massivas e mais frias vivendo ainda por muitos e longos anos.
‣ Fonte: European Southern Observatory (ESO)
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