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quinta-feira, 5 de junho de 2014

Uma visão vasta e colorida do Universo através do Hubble

Crédito: NASA, ESA, H. Teplitz and M. Rafelski (IPAC/Caltech), A. Koekemoer (STScI), R. Windhorst (Arizona State University), and Z. Levay (STScI)
 Astrônomos usando o Telescópio Espacial Hubble capturaram a mais completa imagem já montada do Universo em evolução — e uma das mais coloridas. O estudo é chamado de “Ultraviolet Coverage of the Hubble Ultra Deep Field” (UVUDF). 

 Antes desse estudo, os astrônomos estavam em uma posição curiosa. Eles sabiam muito sobre a formação de estrelas que ocorre em galáxias próximas, graças aos telescópios de UV, como o Observatório Galex da NASA que operou de 2003 a 2013. 

 E, graças à capacidade do Hubble em obter imagens do visível até próximo ao infravermelho, eles também estudaram o nascimento das estrelas nas galáxias mais distantes. Vemos essas galáxias distantes em seus estágios mais primitivos, devido à grande quantidade de tempo que a sua luz leva para chegar até nós. 

 No entanto, entre 5 e 10 bilhões de anos-luz de distância de nós — o que corresponde a um período de tempo em que a maioria das estrelas no Universo nasceu — faltavam dados necessários para compreender plenamente a formação estelar. 

 As mais quentes, de maior massa e as mais jovens estrelas, que emitem luz ultravioleta, foram muitas vezes negligenciadas como sujeitas à observação direta, deixando uma lacuna importante no nosso conhecimento sobre a linha do tempo cósmico. 

 A adição de dados em ultravioleta para o Hubble Ultra Deep Field, usando a Wide Field Camera 3 do Hubble, deu aos astrônomos o acesso à observações diretas das regiões de formação estelar não obscurecidas, e pode nos ajudar a compreender como as estrelas se formaram. 

 Ao observar esses comprimentos de onda, os pesquisadores conseguiram uma visão direta sobre quais galáxias estão formando estrelas e, tão importante, onde as estrelas estão se formando. Isso permite aos astrônomos entenderem como as galáxias como a Via Láctea crescem em tamanho, desde pequenas coleções de estrelas muito quentes até as massivas estruturas que elas são hoje. 

 O pedaço do céu nessa imagem já havia sido previamente estudado por astrônomos em uma série de exposições do visível ao próximo do infravermelho, feitas de 2004 a 2009: o Hubble Ultra Deep Field. Agora, com a adição de luz ultravioleta, eles combinaram uma gama de cores disponíveis para o Hubble, que se estende desde o ultravioleta até próximo ao infravermelho.

 A imagem resultante, feita com 841 órbitas de tempo de observação do telescópio, contém cerca de 10,000 galáxias, chegando a poucas centenas de milhões de anos do Big Bang. Como a atmosfera do planeta Terra filtra a maior parte da luz ultravioleta, este trabalho só pôde ser realizado com um telescópio espacial como o Hubble. 

 Crédito: NASA, ESA, and G. Bacon (STScI) Reconhecimento: H. Teplitz and M. Rafelski (IPAC/Caltech), A. Koekemoer (STScI), R. Windhorst (Arizona State University), and Z. Levay (STScI)

Pesquisas em ultravioleta como essa são extremamente importantes no planejamento do Telescópio Espacial James Webb (JWST), já que o Hubble é, atualmente, o único telescópio capaz de obter os dados em ultravioleta que os pesquisadores precisarão para combinar com os dados em infravermelho do JWST. 

 A imagem Hubble Ultra Deep Field de 2014 é um composto de exposições separadas feitas entre 2003 e 2012 com Advanced Camera for Surveys e a Wide Field Camera 3 do Hubble.

‣ Fonte (em inglês): Hubble
Colaboração: Ivan Lopes

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