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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Estrelas jovens pintam paisagem estelar espetacular

O instrumento Wide Field Manager montado no telescópio MPG/ESO de 2,2 metros, no Observatório de La Silla, Chile, capturou a melhor imagem de sempre do enxame estelar NGC 3572, um conjunto de estrelas jovens, e do seu ambiente circundante. A nova imagem mostra como é que as nuvens de gás e poeira foram esculpidas em extravagantes bolhas, arcos e estruturas estranhas conhecidas como trombas de elefante, pelos ventos estelares originados nas estrelas brilhantes. As estrelas mais brilhantes do enxame são muito mais pesadas do que o Sol e terminarão a suas curtas vidas em explosões de supernovas.
Os astrônomos do ESO capturaram a melhor imagem de sempre das nuvens situadas em torno do enxame estelar NGC 3572.

Esta nova imagem mostra como é que estas nuvens de gás e poeira estão a ser esculpidas em extravagantes bolhas, arcos e estruturas estranhas conhecidas como trombas de elefante, pelos ventos estelares originados por este conjunto de estrelas quentes jovens.

As estrelas mais brilhantes do enxame são muito mais pesadas do que o Sol e terminarão a suas curtas vidas em explosões de supernovas.

A maioria das estrelas não se forma isoladamente mas sim em grupo, com todos os elementos criados essencialmente ao mesmo tempo a partir de uma única nuvem de gás e poeira.

O NGC 3572, na constelação austral de Carina (a Quilha), é um destes enxames que contém muitas estrelas quentes jovens azul-esbranquiçadas.

Estas estrelas brilham intensamente e emitem poderosos ventos estelares que tendem a dispersar o gás e a poeira que ainda restam na sua região circundante.

As nuvens de gás brilhante e o enxame de estrelas que as acompanha são o assunto desta nova fotografia obtida com o instrumento Wide Field Imager, montado no telescópio MPG/ESO de 2,2 metros instalado no Observatório de La Silla, no Chile.

Na parte inferior da imagem pode ver-se um grande pedaço da nuvem molecular que deu origem a estas estrelas.

Esta parte da nuvem foi dramaticamente afetada pela forte radiação emitida pelas suas filhas ardentes.

Este mapa mostra a localização do enxame estelar NGC 3572 na constelação Carina (a Quilha). No mapa encontram-se assinaladas a maioria das estrelas visíveis a olho nu sob boas condições de observação e o enxame com as nuvens de gás brilhante associadas está marcado com uma circunferência vermelha. O enxame pode ser facilmente observado com um pequeno telescópio, no entanto as nuvens de gás são muito mais difíceis de observar.
Para além de a fazer brilhar com uma cor assaz caraterística, a radiação esculpe igualmente a nuvem em extraordinárias formas intricadas, incluindo bolhas, arcos e colunas escuras, conhecidas pelos astrônomos como trombas de elefante.

Nesta imagem capturou-se uma estranha estrutura que pode ser vista ligeiramente acima do centro da imagem: uma nebulosa muito pequenina em forma de anel.

Os astrônomos ainda não sabem ao certo qual a origem desta curiosa estrutura, pensando-se, no entanto, que se trata provavelmente do resto denso da nuvem molecular que formou o enxame, talvez uma bolha criada em torno de uma estrela quente muito brilhante.

Alguns autores pensam que pode ser um tipo de nebulosa planetária - os restos de uma estrela moribunda - com uma forma estranha.

Esta imagem de grande angular mostra a zona do céu em torno do enxame estelar NGC 3572 e as suas nuvens de gás associadas. Esta imagem foi criada a partir de dados do Digitized Sky Survey 2. Os traços e os círculos azuis em torno das estrelas são artefatos do telescópio e do processo fotográfico, não sendo por isso reais.
As estrelas que nascem no interior de um enxame podem ser irmãs mas não são gémeas.

Têm quase a mesma idade mas diferem em tamanho, massa, temperatura e cor.

O percurso de vida de uma estrela é determinado em grande parte pela sua massa, por isso um determinado enxame conterá estrelas em várias fases das suas vidas, fornecendo aos astrônomos um laboratório perfeito para estudar a evolução estelar.

Nestes grupos as estrelas jovens mantêm-se juntas durante um tempo relativamente curto, tipicamente da ordem das dezenas ou centenas de milhões de anos.

O grupo acaba por se separar devido a interações gravitacionais, mas também porque as estrelas de massa mais elevada têm uma vida curta, queimando o seu combustível muito depressa e terminando as suas vidas sob a forma de violentas explosões de supernovas, contribuindo assim para a dispersão do restante gás e estrelas que ainda permaneciam no enxame.

Esta sequência zoom começa com uma panorâmica geral do céu austral, aproximando-se de seguida de uma região de formação estelar centrada no enxame NGC 3572. A imagem final foi obtida com o instrumento Wide Field Imager, montado no telescópio MPG/ESO de 2,2 metros no Observatório de La Silla, Chile e mostra como é que as nuvens de gás e poeira foram esculpidas em extravagantes bolhas, arcos e estruturas estranhas conhecidas como trombas de elefante, pelos ventos estelares originados nas estrelas brilhantes.

Os dados utilizados para criar esta imagem foram obtidos por uma equipa liderada pelo astrônomo do ESO Giacomo Beccari.

A equipa usou o poder do Wide Field Imager para estudar a física dos discos protoplanetários nas estrelas jovens do NGC 3572.

Foi uma surpresa descobrir que o enxame contém estrelas mais velhas do que dez milhões de anos ainda a acetar massa, o que significa que tais estrelas estão ainda rodeadas por discos.

Este fato diz-nos que a formação estelar neste enxame dura há, pelos menos, 10-20 milhões de anos e sugere que o processo de formação planetária pode ocorrer em escalas de tempos muito mais longas do que se pensava anteriormente.

Os exemplos mais famosos de tais estruturas em tromba de elefante são os Pilares da Criação na Nebulosa da Águia, que foram capturados com um detalhe extraordinário pelo Telescópio Espacial da NASA/ESA (www.goo.gl/P9HMdF).

O instrumento Wide Field Imager montado no telescópio MPG/ESO de 2,2 metros no Observatório de La Silla, Chile, capturou a melhor imagem de sempre do enxame estelar NGC 3572, um conjunto de estrelas jovens, e do seu ambiente circundante. Esta sequência vídeo mostra como é que as nuvens de gás e poeira foram esculpidas em extravagantes bolhas, arcos e estruturas estranhas conhecidas como trombas de elefante, pelos ventos estelares originados nas estrelas brilhantes. As estrelas mais brilhantes do enxame são muito mais pesadas do que o Sol e terminarão a suas curtas vidas em explosões de supernovas.

Quando uma estrela do tipo do Sol gasta todo o seu combustível, liberta as suas camadas exteriores para o espaço circundante.

Os restos quentes da estrela continuam a brilhar intensamente no seio deste material, criando bonitas conchas brilhantes de gás ionizado, de curta duração, e formando as chamadas nebulosas planetárias.

Este nome de origem histórica está relacionado com a aparência destes objetos quando vistos através de um pequeno telescópio, não tendo qualquer relação física com um planeta.

O tempo de vida de uma estrela depende dramaticamente do quão pesada ela é.

Uma estrela com cinquenta vezes mais massa do que o Sol terá um tempo de vida de apenas alguns milhões de anos, enquanto que o Sol viverá cerca de dez milhões de anos e estrelas anãs vermelhas de pequena massa podem viver biliões de anos - muito mais do que a idade atual do Universo.

O ESO é a mais importante organização europeia intergovernamental para a investigação em astronomia e é o observatório astronômico mais produtivo do mundo.

O ESO é  financiado por 15 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Brasil, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Itália, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça.

O ESO destaca-se por levar a cabo um programa de trabalhos ambicioso, focado na concepção, construção e funcionamento de observatórios astronômicos terrestres de ponta, que possibilitam aos astrônomos importantes descobertas científicas.

O ESO também tem um papel importante na promoção e organização de cooperação na investigação astronômica.

O ESO mantém em funcionamento três observatórios de ponta, no Chile: La Silla, Paranal e Chajnantor.

No Paranal, o ESO opera o Very Large Telescope, o observatório astronômico óptico mais avançado do mundo e dois telescópios de rastreio.

O VISTA, o maior telescópio de rastreio do mundo que trabalha no infravermelho e o VLT Survey Telescope, o maior telescópio concebido exclusivamente para mapear os céus no visível.

O ESO é o parceiro europeu do revolucionário telescópio ALMA, o maior projeto astronômico que existe atualmente.

O ESO encontra-se a planear o European Extremely Large Telescope, E-ELT, um telescópio de 39 metros que observará na banda do visível e do infravermelho próximo.

O E-ELT será “o maior olho do mundo virado para o céu”.

Fonte: ESO

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