Eles tiveram a chance de observar esse objeto em detalhe em 2011 e em 2012, quando a sonda Dawn da NASA orbitou esse gigante e assim os cientistas foram capazes de checar suas conclusões prévias.
Um novo estudo envolvendo observações feitas pela sonda Dawn durante aquele período de tempo demonstra como essa relação funciona com o Hubble e com os telescópios baseados em terra para clarear nosso entendimento de um objeto do Sistema Solar.
“Desde que a grande maioria dos asteroides só podem ser estudados remotamente por instrumentos no espaço ou na própria Terra, confirmar a precisão dessas observações usando medidas in-situ é importante para a nossa exploração do Sistema Solar”, disse Vishnu Reddy, o principal autor de um artigo publicado recentemente na revista Icarus. Reddy fica baseado no Planetary Institute em Tucson , no Arizona e no Max Planck Institute for Solar System Research em Katlenburg-Lindau, na Alemanha.
Estas imagens foram feitas pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA, é um série de 24 imagens que mostram a rotação de 5.34 horas completa do diâmetro de 325 milhas (525 km) do asteroide Vesta. |
O Vesta é o segundo maior asteroide localizado no cinturão de asteroides, e difere da maior parte dos demais asteroides por ter uma crosta, um manto e um núcleo como a Terra.
Observações antigas feitas da Terra do Vesta, que foi descoberto em 1807, mostravam que a cor do Vesta e a composição de sua superfície mudavam enquanto ele girava em torno de seu eixo.
Os astrônomos usando o Infrared Telescope Facility da NASA em Mauna Kea, no Havaí observaram distintas unidades composicionais.
Porém, só com a chegada da sonda Dawn no asteroide Vesta, os astrônomos puderam determinar os detalhes e a distribuição exata dessas variações de cores e as diferenças na composição entre essas regiões.
“Nós escolhemos ir até o Vesta pois os telescópios em terra, e depois o Hubble, nos disseram que ele seria um local interessante para ser estudado”.
“Isso foi verdade, mas nós precisamos da sonda Dawn para discernir sobre a distribuição mineral e sobre a história da superfície do Vesta”.
“Nós agora sabemos como esses conjuntos de dados se ajustam e se complementam”.
“Isso nos ajudará nos estudos telescópicos de outros membros do Sistema Solar”.
Uma comparação particularmente útil para trabalhos futuros em asteroides ou em outros objetos do Sistema Solar envolve comparar os dados obtidos com a câmera da sonda Dawn com os dados obtidos pelo Hubble.
Com o Hubble, os astrônomos primeiro observaram a gigante bacia de impacto perto do polo sul de Vesta e também identificaram numerosas feições brilhantes e escuras que correspondiam a diferentes unidades composicionais.
Mas só com a chegada da sonda Dawn ao Vesta que os astrônomos conseguiram imagens de alta resolução do Vesta e assim foram capazes de ver os contornos detalhados da gigantesca bacia de impacto que veio a se chamar Rheasilvia e observaram como os materiais mais brilhantes eram e como os materiais mais escuros também eram.
As observações feitas com a sonda Dawn também mostraram que existia uma gigantesca bacia de impacto mais velha que foi sobreposta sob a Rheasilvia.
Os materiais brilhantes apareciam como rochas nativas do Vesta, enquanto que o material escuro rico em carbono aparecia como tendo sido levado até o Vesta.
“Quando a sonda Dawn chegou ao Vesta, ela nos mostrou como os dados do Hubble eram precisos sobre o asteroide”, disse o cientista do Planetary Science Institute Jian-Yang Li, cientista participante da missão da sonda Dawn que mapeou a superfície do Vesta usando os dados do Hubble.
“E ela também nos mostrou como o Vesta era muito mais interessante quando visto de perto”.
Os outros coautores do artigo são Robert Gaskell e Lucille Le Corre do Planetary Science Institute.
A Dawn está agora em seu caminho rumo ao planeta anão Ceres, onde deve chegar no começo de 2015.
A missão da sonda Dawn para o Vesta e o Ceres é gerenciada pelo Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, uma divisão do Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena, para o Science Mission Directorate da NASA em Washington.
A Universidade da Califórnia em Los Angeles é responsável pela missão científica da sonda Dawn.
As câmeras de enquadramento da sonda Dawn foram desenvolvidas e construídas sob a liderança do Max Planck Institute for Solar System Research em Ktlenburg-Lindau, na Alemanha, com importantes contribuições do DLR German Aerospace Center Institute of Planetary Research em Berlin, e em coordenação com o Institute of Computer and Communication Network Engineering, em Braunschweig.
O projeto da câmera de enquadramento é financiado pela Max Planck Society, pela DLR e pela NASA.
Fonte (em inglês): JPL - NASA
Via: CiencTec
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