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sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Sítio J escolhido para a aterrissagem do Filas

O principal local de pouso do módulo Filas, a região J, está indicado pela cruz nesta imagem de ângulo estreito da OSIRIS. Crédito: © ESA/Rosetta/MPS for OSIRIS Team MPS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA
 O módulo de aterrissagem da Rosetta, Filas (Philae, do latim), irá pousar no local J, uma região intrigante no Cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko (67P/C-G) que oferece um potencial científico único, com sinais de atividade nas proximidades e uma mínima situação de risco para o módulo em comparação com os outros locais candidatos.

 O local J, na ‘cabeça’ do cometa, é um mundo irregular que tem pouco mais de 4 km no seu ponto mais largo. A seleção por este local foi unânime. O local de backup, o C, está localizado no ‘corpo’ do cometa.

 O módulo de 100 kg pousará na superfície no dia 11 de novembro, onde fará medições de profundidade sendo possível o estudo do seu núcleo, de uma forma sem precedentes. Mas escolher o local de aterrissagem adequado não foi uma tarefa fácil.

A imagem de contexto está indicando a localização do local principal de pouso para o módulo de aterrissagem da Rosetta, o Filas. Crédito: © ESA/Rosetta/MPS for OSIRIS Team MPS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA
 “Como já conseguimos perceber pelas recentes imagens, o cometa é belo, mas acidentado — cientificamente excitante, mas a sua forma torna-o um desafio operacional”, diz o responsável pela aterrissagem do Filas no Centro Aeroespacial Alemão (DLR).

 “Nenhum dos locais candidatos cumpria todos os critérios operacionais a 100%, mas o local J é claramente a melhor solução”.

 “Faremos a primeira análise “in situ” de um cometa neste local, dando-nos uma visão sem paralelo da composição, estrutura e evolução de um cometa”, diz Jean-Pierre Bibring, cientista do projeto e investigador principal do instrumento CIVA no Instituto de Aeronáutica e Espacial (IAS) em Orsay, na França.

 “O local J dá-nos a possibilidade de analisar material primitivo, caracterizar as propriedades do núcleo e estudar os processos que dão origem à sua atividade”.

 A corrida para encontrar o local de aterrissagem só poderia ter começado depois de a sonda Rosetta ter chegado ao cometa, o que aconteceu a 6 de agosto, quando o cometa foi observado de perto pela primeira vez.

Visão detalhada e próxima do local principal de pouso do Filas, o local J, que está localizado sobre a ‘cabeça’ do Cometa 67P/C-G. A imagem foi registrada pela câmera de ângulo estreito da Rosetta, OSIRIS, no dia 20 de agosto, a uma distância de cerca de 67 km. A escala da imagem é 1,2 metros/pixel. Crédito: © ESA/Rosetta/MPS for OSIRIS Team MPS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA
 No dia 24 de agosto, usando dados recolhidos pela a sonda quando estava a 100 km de distância do cometa, foram identificadas cinco regiões candidatas, tendo sido analisadas posteriormente.

 Desde então, a nave deslocou-se até cerca de 30 km do cometa, permitindo que fossem feitas medições mais detalhadas dos locais candidatos. Em paralelo, as operações e as equipes de dinâmica de voo têm estado a explorar as opções de aterrissagem em cada um dos cinco locais.

 Durante o fim de semana, o Grupo de Seleção do Local de Aterrissagem composto por engenheiros e cientistas do Centro de Operações e Navegação do Filas da Agência Espacial Francesa, o Centro de Controlo do Lander na DLR, cientistas que representam instrumentos do Lander e a equipe da Rosetta da ESA encontraram-se no CNES, em Toulouse na França, para analisar os dados disponíveis e escolher o local principal e o seu backup.

‣ Fonte: European Space Agency (ESA)

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