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domingo, 20 de abril de 2014

Imagem do Hubble mostra objetos um bilhão de vezes mais apagado do que aqueles que podemos observar a olho nu

Está imagem de um aglomerado de galáxia, tirada pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA dá uma notável seção transversal do Universo, mostrando objetos em diferentes distâncias e diferentes estágios na história cósmica. Eles vão desde vizinhos cósmicos perto para objetos vistos nos primeiros anos do Universo. A exposição de 14 horas mostra objetos um bilhão de vezes mais apagado do que pode ser observado a olho nu. Crédito: NASA & ESA
 Uma imagem de um aglomerado de galáxias feita pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA nos presenteia com uma impressionante seção do Universo, mostrando objetos em diferentes distâncias e em diferentes estágios da história cósmica.

 A distância varia desde vizinhos cósmicos próximos até objetos que são observados nos anos iniciais do Universo. A exposição de 14 horas mostra objetos um bilhão de vezes mais apagado do que aqueles que podem ser observados a olho nu.

 Essa nova imagem do Hubble apresenta uma impressionante variedade de objetos em diferentes distâncias de nós, estendendo por mais da metade do que se conhece até hoje o limite do Universo observável.

 As galáxias que aparecem nessa imagem localizam-se a cerca de cinco bilhões de anos-luz da Terra, mas o campo também contém outros objetos, tanto significantemente mais próximos como bem mais distantes.

A maioria das galáxias visíveis nesta imagem do Hubble são membros de um enorme aglomerado chamado CLASS B1608+656, situado a cerca de 5 bilhões de anos-luz. Mas o campo também contém outros objetos que são significativamente mais perto e mais distante – incluindo duas lentes gravitacionais Fred e Ginger. Crédito: NASA & ESA
 Estudos dessa região do céu têm mostrado que muitos dos objetos que parecem estar localizados próximos podem na verdade estarem separados por bilhões de anos-luz.

 Isso ocorre porque alguns agrupamentos de galáxias localizam-se na mesma linha de visão, criando um tipo de ilusão óptica. A seção do Hubble é completada por imagens distorcidas de galáxias distantes localizadas em segundo plano na imagem.

 Esses objetos algumas vezes são distorcidos devido a um processo conhecido como lente gravitacional, uma técnica extremamente valiosa na astronomia para se estudar objetos muito distantes.

 Esse efeito de lente é causado pela distorção do contínuo espaço-tempo por galáxias massivas localizadas perto da nossa linha de visão com relação aos objetos distantes.

Está imagem foi registrada com um telescópio no solo e mostra a região em torno de um aglomerado de galáxia, chamado CLASS B1608+656. Crédito: NASA & ESA, Digitised Sky Survey 2. - Reconhecimento: Davide De Martin
 Um desses sistemas de lente visível aqui é chamado de CLASS B1608+656, que aparece como um pequeno loop no centro da imagem.

 Ele apresenta duas galáxias em primeiro plano distorcendo e amplificando a luz de um quasar distante conhecido como QSO-160913+653228.

 A luz desse brilhante disco de matéria, que está atualmente caindo em um buraco negro, demorou nove bilhões de anos para chegar até nós – dois terços da idade do Universo.

Este vídeo começa com uma visão do céu noturno antes de fazer zoom e ir para o aglomerado de galáxia CLASS B1608+656. Crédito: NASA, ESA, Digitized Sky Survey 2. - Reconhecimento: Davide De Martin - Música: movetwo

 Além do CLASS B1608+656, os astrônomos identificaram duas outras lentes gravitacionais dentro dessa imagem. Duas galáxias, denominadas Fred e Ginger, em homenagem aos pesquisadores que as estudaram, que contém massa suficiente para visivelmente distorcer a luz de objetos localizados além dela.

 Fred, também conhecida de maneira mais prosaica como [FMK2006] ACS J160919+6532, localiza-se perto das galáxias na lente em CLASS B1608+656, enquanto Ginger ([FMK2006] ACS J160910+6532) está muito mais perto de nós.

 Apesar da diferença em distância com relação a nós, ambas podem ser vistas perto do CLASS B1068+656 na região central dessa imagem do Hubble.

 Para capturar objetos distantes e apagados como esses, o Hubble necessita de uma longa exposição. A imagem foi feita com observações no visível e no infravermelho com um tempo total de exposição de 14 horas.

Imagens do Hubble podem parecer simples, mas está realmente tem uma notável profundidade de campo que nos permite ver mais do que meio caminho até a borda do Universo observável. Crédito: NASA & ESA

‣ Fonte (em inglês): Hubble Space Telescope
‣ Via: CiencTec

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