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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Olhando para trás para o berço do nosso Universo

Esta imagem do aglomerado de galáxias Abell 2744 foi obtida com o Telescópio Espacial Hubble da NASA. Créditos: NASA/ESA/STScI/IAC
Os telescópios espaciais Spitzer e Hubble da NASA viram o que pode ser uma das galáxias mais distantes conhecidas, remetendo a um momento em que nosso Universo tinha apenas cerca de 650 milhões de anos (o nosso Universo tem 13.8 bilhões de anos de idade).

A galáxia, conhecida como Abell 2744 Y1, é cerca de 30 vezes menor do que a nossa Via Láctea e está produzindo cerca de 10 vezes mais estrelas, como é típico para as galáxias em nosso jovem Universo.

A descoberta vem do programa Frontier Fields, que está empurrando os limites do quão longe podemos ver no Universo distante, utilizando um conjunto de grandes observatórios da NASA para observação em multi-comprimentos de onda.

Spitzer vê a luz infravermelha, o Hubble vê a luz visível e a luz infravermelha em um curto comprimento de onda e o Observatório Chandra de Raios-X da NASA vê os raios-X.

Os telescópios estão recebendo um impulso de “lentes naturais”: eles observam através de aglomerados de galáxias, onde a gravidade amplifica a luz de galáxias mais distantes.

O programa Frontier Fields vai fazer imagens de seis aglomerados de galáxias no total. Imagens da região feitas pelo Hubble serão utilizadas para identificar candidatas à galáxias distantes e em seguida, Spitzer será necessário para determinar se as galáxias estão, de fato, tão longe o quanto parecem.

Dados do Spitzer também ajudarão a determinar quantas estrelas existem naquelas galáxias. Estes primeiros resultados do programa vêm de imagens do aglomerado de galáxias Abell 2744. À distância até esta galáxia, se confirmada, irá torná-la um dos objetos mais distantes conhecidos.

Os astrônomos dizem que ela tem um “Redshift” (Desvio para o Vermelho) de 8, que é uma medida do grau em que sua luz se desloca para comprimentos de onda mais avermelhados devido à expansão do nosso Universo.

Quanto mais longe uma galáxia, maior é o desvio para o vermelho. A galáxia mais distante já confirmada tem um Redshift de mais de 7. Outras candidatas foram identificadas com redshifts que podem ir acima de 11.

“Só um punhado de galáxias a essas grandes distâncias são conhecidas”, disse Jason Surace, do Centro de Ciência Spitzer da NASA no Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena.

“O programa Frontier Fields já está trabalhando para encontrar mais dessas tênues galáxias distantes”. “Esta é uma prévia do que está por vir”.

Os resultados, liderados por astrônomos do Instituto de Astrofísica de Canarias e La Laguna University, foram aceitos para publicação na revista científica Astronomy and Astrophysics Letters.

O Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, Califórnia, administra a missão do Telescópio Espacial Spitzer para a Diretoria de Missões Científicas da NASA, em Washington. Operações científicas são realizadas no Centro de Ciência Spitzer, no Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena.

As operações da sonda espacial têm base na Lockheed Martin Space Systems Company, em Littleton, Colorado. Os dados são arquivados no Infrared Science Archive alojado no Centro de Processamento e Análise de Infravermelho da Caltech.

A Caltech gerencia o JPL (Jet Propulsion Laboratory) para a NASA. Para mais informações sobre Spitzer, visite (em inglês): http://spitzer.caltech.edu e www.nasa.gov/spitzer.

O Telescópio Espacial Hubble é um projeto de cooperação internacional entre a NASA e a Agência Espacial Européia. Goddard Space Flight Center da NASA gerencia o telescópio. O Instituto de Ciência do Telescópio Espacial (STScI) realiza as operações científicas do Hubble.

STScI é operado para a NASA pela Associação de Universidades para Pesquisa em Astronomia, Inc., em Washington, DC. Para mais informações, visite (em inglês): http://hubblesite.org e www.nasa.gov/hubble.

Fonte (em inglês): NASA

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