-

-
goasa.com.br

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Sonda Swift da NASA registra a supernova na M82

Esta imagem do Swift mostra a M82 antes da explosão e combina dados adquiridos entre 2007 e 2013. A luz ultravioleta é mostrado em azul, luz near-UV em verde, e visível em vermelho. A imagem é de 17 minutos de arco de diâmetro, ou um pouco mais que a metade do diâmetro aparente da Lua cheia. Créditos pela imagem: NASA/Swift/P. Brown, TAMU
O Swift capturou a nova supernova (circulado) em três exposições tomadas em 22 de janeiro de 2014. A luz ultravioleta é mostrado em azul, luz near-UV em verde, e visível em vermelho. A poeira grossa na M82 espalha grande parte da luz de alta energia, que é por isso que a supernova parece amarelado aqui. A imagem é de 17 minutos de arco de diâmetro, ou um pouco mais que a metade do diâmetro aparente da Lua cheia. Créditos pela imagem: NASA/Swift/P. Brown, TAMU
Uma explosão estelar excepcionalmente próxima descoberta em 21 de janeiro de 2014 tornou-se o foco dos observatórios ao redor do mundo, incluindo alguns observatórios espaciais da NASA.

A explosão, designada como SN 2014J, ocorreu na galáxia M82 localizada a 12 milhões de anos-luz de distância da Terra.

Isso faz dela a supernova óptica mais próxima nas últimas duas décadas e potencialmente a supernova do Tipo Ia mais próxima que ocorreu na vida das atuais missões espaciais.

Para poder aproveitar o evento ao máximo, os astrônomos têm planejado observações com o Telescópio Espacial Hubble, com o Chandra X-Ray Observatory, com o Nuclear Spectroscopic Telescope Array (NuSTAR), com o Fermi Gamma-ray Space Telescope e com o Swift.

O Swift foi o primeiro a observar a supernova.

Em 22 de janeiro de 2014, apenas um dia depois da descoberta, o Ultraviolet/Optical Telescope, ou UVOT do Swift capturou a supernova e a sua galáxia hospedeira.

De forma impressionante, a SN 2014J pôde ser vista em imagens feitas uma semana antes que qualquer um pudesse notar sua presença.

Foi só quando Steve Fossey e seus estudantes no Observatório da Universidade de Londres imageou a galáxia em um breve workshop que a supernova se mostrou.

“Encontrar e publicar novas descobertas de supernovas é normalmente o elo fraco em obter rápidas observações, mas uma vez que nós sabemos disso, o Swift frequentemente  pode observar um novo objeto em questão de horas”, disse Neil Gehrels, o principal investigador da missão no Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Md.

Embora a explosão seja incomumente próxima, a luz da supernova é atenuada pelas espessas nuvens de poeira na galáxia, que pode reduzir seu brilho de pico aparente.

“A poeira interestelar preferencialmente dispersa a luz azul, e é por isso que o UVOT do Swift vê a SN 2014J intensamente brilhante na luz visível e na luz ultravioleta próxima, mas quase não é vista em comprimentos de onda do ultravioleta médio”, disse Peter Brown, um astrofísico na Universidade Texas A&M que lidera a equipe que está usando o Swift para obter as observações ultravioletas das supernovas.

Contudo, essa supernova próxima fornece aos astrônomos uma oportunidade importante para estudar como a poeira interestelar afeta a sua luz.

Como uma classe, as supernovas do Tipo Ia explodem com um brilho intrinsecamente similar, uma propriedade que faz delas extremamente úteis como velas padrão – alguns as chamam de bombas padrões – para que se possa explorar o Universo.

Brown nota que os raios-X nunca foram observados de forma conclusiva a partir de uma supernova do Tipo Ia, assim a detecção feita pelo Telescópio de Raios-X do Swift, do Chandra ou do NuSTAR será significante, bem como a detecção dos raios gama de alta energia pelo Fermi.

Uma supernova do Tipo Ia representa a total destruição de uma estrela do tipo anã branca por dois possíveis cenários.

Em um deles, a anã branca orbita uma estrela normal, puxa um fluxo de matéria dela, e ganha massa até atingir um limite crítico e explodir.

Em outro cenário, a explosão acontece quando duas anãs brancas em um sistema binário eventualmente espiralam uma em direção a outra até colidirem.

Em qualquer um dos cenários, a explosão produz uma concha superaquecida de plasma que se expande no espaço a dezenas de milhões de quilômetros por hora.

Elementos radioativos de vida curta se formam durante a explosão e mantêm a concha quente à medida que ela se expande.

A relação entre o tamanho da concha, a transparência e o aquecimento radioativo determina quando a supernova alcança o pico de seu brilho.

Os astrônomos esperam que a SN 2014J continue a brilhar durante as primeiras semanas de fevereiro de 2014, quando ainda poderá ser observada com binóculos.

A M82, também é conhecida como a Galáxia do Charuto, está localizada na constelação da Ursa Major e é um alvo popular para telescópios.

A M82 está passando por um episódio poderoso de formação de estrelas que faz dela muitas vezes mais brilhante do que a nossa própria Via Láctea e dá a ela sua incomum aparência fotogênica.

Este GIF animado de imagens do Swift mostra M82 antes e depois da nova supernova. O ponto de vista pré-explosão combina dados obtidos entre 2007 e 2013. O ponto de vista mostrando SN 2014J funde três exposições tomadas em 22 de janeiro de 2014. A luz ultravioleta é mostrado em azul, luz near-UV em verde, e visível em vermelho. Créditos pela imagem: NASA/Swift/P. Brown, TAMU
Fonte (em inglês): NASA
Via: CiencTec

Nenhum comentário:

Postar um comentário