Esta imagem mostra exibições de infravermelho de duas crateras no gigantesco asteroide Vesta que a missão Dawn da NASA encontrou para ostentar o mineral olivina. |
Se a formação do Vesta seguiu o script para a formação de planetas rochosos como a Terra, o calor do seu interior teria criado camadas distintas e separadas de rochas (geralmente, um núcleo, um manto e uma crosta).
Nessa história, o mineral olivina deveria se concentrar no manto.
Contudo, como descrito num novo artigo publicado na edição da revista Nature e que pode ser encontrado no final dessa matéria, isso não é o que o instrumento Visible and Infrared Mapping Spectrometer (VIR) da sonda Dawn descobriu.
As observações de imensas crateras no hemisfério sul de Vesta que expõem a crosta inferior e deveria ter escavado o manto, não encontrou evidências para a olivina.
Os cientistas, ao invés disso, encontraram assinaturas claras da olivina no material da superfície no hemisfério norte.
“A falta da olivina pura nas bacias profundamente escavadas no hemisfério sul de Vesta e a inesperada descoberta no hemisfério norte indicam uma história evolutiva mais complexa do que as inferidas pelos modelos de Vesta, antes da sonda Dawn chegar ao asteroide”, disse Maria Cristina de Sanctis, co-investigadora e líder do VIR no National Institute for Astropysics de Roma na Itália.
Este mapa colorida da missão Dawn da NASA mostra os tipos de rochas e minerais, distribuídos ao redor da superfície do gigante asteroide Vesta. |
Talvez o manto exposto no hemisfério sul de Vesta tenha sido posteriormente coberto por uma camada de outro material, que evitou que a sonda Dawn observasse a olivina abaixo dessa camada.
“Essas últimas descobertas da sonda Dawn nos estimulam a testar algumas ideias diferentes sobre a origem do Vesta”, disse Carol Raymond, principal pesquisadora da sonda Dawn no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA, em Pasadena, na Califórnia.
“Eles também nos mostram quais informações adicionais nós podemos aprender estando em órbita de objetos como o Vesta para complementar aquelas que são obtidas de objetos que se chocam conosco como meteoritos ou informações adquiridas a partir de observações feitas a longa distância”.
A sonda Dawn está atualmente cruzando o espaço rumo ao seu segundo destino, o planeta anão Ceres, que é o maior membro do cinturão principal de asteroides localizado entre as órbitas de Marte e Júpiter.
A sonda Dawn chegará a Ceres no começo de 2015.
Nesta imagem infravermelha com contraste na cratera Bellicia do gigante asteroide Vesta, cientistas da missão Dawn da NASA pode ver sinais do mineral olivina. |
Esse é um projeto do Discovery Program gerenciado pelo Marshall Space Flight Center da NASA em Huntsville, Ala.
A UCLA é responsável pela missão científica geral da Dawn.
A Orbital Sciences Corporation de Dulles, Va., desenhou e construiu a sonda Dawn.
O instrumento Visible and Infrared Mapping Spectrometer foi fornecido pela Agência Espacial Italiana e é gerenciado pelo Instituto Nacional de Astrofísica da Itália em Roma, em colaboração com o Selex Galileo, onde ele foi construído.
Fonte (em inglês): JPL - NASA
Via: CiencTec
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