sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Rover Curiosity da NASA inspeciona rochas depositadas por fluxo de água no seu primeiro ponto de parada a caminho do Monte Sharp
O rover usou seus instrumentos em seu braço robótico na última semana para inspecionar rochas no primeiro ponto de controle definido pela equipe do Curiosity ao longo de sua rota dentro da Cratera Gale.
A localização, originalmente escolhida com base nas imagens feitas pela sonda da NASA Mars Reconnaissance Orbiter, a MRO, nos presenteou com a possibilidade de investigar alvos que fornecem evidências de antigos ambientes úmidos em Marte.
“Nós examinamos arenitos de granulação grossa depositados pelo fluxo de água sobre a superfície, além de veios, ou fraturas nas rochas”, disse Dawn Summer, da Universidade da Califórnia em Davis, um membro da equipe do Curiosity com a função primordial atualmente de planejar os pontos de paradas do rover no seu caminho até o Monte Sharp.
“Nós sabemos que os veios são mais jovens do que o arenito, pois eles o cortam, mas eles parecem estar preenchidos com grãos parecidos com arenito”.
Esse ponto de controle, chamado de Waypoint 1 localiza-se num afloramento conhecido como Darwin, e é o primeiro de cinco pontos de controles planejados ao longo da rota de 8.6 quilômetros entre a área Glenelg, onde o Curiosity trabalhou na primeira metade de 2013, e o ponto de entrada no talude inferior do Monte Sharp, o principal destino da missão.
Esse ponto está localizado a aproximadamente um quinto do caminho.
O rover partiu do Waypoint 1 em 22 de Setembro de 2013 com uma caminhada para oeste de 22.8 metros.
A equipe de ciência do Curiosity planejou os pontos de controle para coletar informações sobre a geologia existente entre Glenelg e o Monte Sharp.
Os pesquisadores querem entender as relações entre o que a missão já descobriu em Glenelg e o que ela pode encontrar nas múltiplas camadas do Monte Sharp.
As análises de amostras perfuradas de rochas com veios na Baía Yellowknife na região de Glenelg fornece evidências para um ambiente passado de um fundo de lago, com condições favoráveis para o desenvolvimento da vida microbiana.
Isso significa que a missão cumpriu seu principal objetivo científico.
“O fluxo de água que depositou o arenito grosso no Waypoint 1 ocorreu na mesma época que o fluxo de água na Baía Yellowknife?”
“Se o mesmo fluxo de fluido produziu os veios aqui e os veios da Baía Yellowknife, você esperaria que os veios tivessem a mesma composição”.
“Nós vimos que os veios são diferentes, então nós sabemos que a história é complicada”.
“Nós usamos essas observações para juntar as peças da história de longo prazo”.
Os pesquisadores colocaram como prioridade máxima a parada no Waypoint 1 para examinar o afloramento de rocha conglomerática, como os arenitos grossos. Os veios foram um bônus.
“Como normalmente acontece, quanto mais perto chegamos, mais é revelado”, disse Kenneth Williford, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, na Califórnia, um membro ativo da equipe de ciência do Curiosity em planejar o uso do braço robótico do rover.
A primeira localização específica no Waypoint 1 para estacionar o rover e usar os instrumentos em seu braço foi selecionada devido ao fato das imagens feitas de uma área do tamanho aproximado de campo de futebol terem mostrado afloramentos que pareciam com conglomerados.
Uma vez que o Curiosity se aproximou desse local, novas imagens mostraram os veios, assim um segundo local para uso do braço foi adicionado ao plano inicial.
O rover gastou um dia usando o braço no primeiro local e mais três usando o seu braço no segundo local.
Em todos esses quatro dias de ciência de contato, as investigações empregaram dois instrumentos que são montados na torre localizada no final do braço: o Alpha Particle X-ray Spectrometer, que identifica elementos químicos presentes no alvo, e o Mars Hand Lens Imager, que mostra a textura dos alvos, a forma e a cor.
Outro aparelho na torre de instrumentos continua com alguma parte da rocha pulverizada que o rover perfurou e coletou na Baía Yellowknife, a quatro meses atrás.
Os instrumentos do laboratório dentro do rover já analisaram porções dessa amostra, mas os pesquisadores têm a opção de distribuir essa rocha em muitos outros instrumentos para análises posteriores.
Nas próximas semanas, porções adicionais que ainda permanecem dentro do rover serão distribuídas para outras análises.
A rocha pulverizada é uma preciosa fonte científica, mas ela também apresenta um desafio especial para usar o espectrômetro e a câmera localizada na torre.
“Nós não queremos colocar a torre numa posição que receba o material amostrado no lado de trás da peneira, porque isso poderia obstruir os poros da peneira”, disse Matt Robinson do JPL, engenheiro chefe para as operações do braço robótico do Curiosity.
“Nós temos que considerar a orientação da torre durante todos os movimentos para alcançar o alvo, não somente a orientação no alvo”.
Apesar desse desafio, a equipe usou os instrumentos do braço de forma intensiva no Waypoint 1.
Em 19 de Setembro de 2013, o rover examinou cinco alvos com o espectrômetro e com a câmera do braço.
O dia seguinte, do mesmo local, examinou mais três.
A equipe deixou alvos potencias sem serem examinados, para retomar a caminhada até o Monte Sharp, como planejado.
“Existe um trade-off, entre a vontade de querer alcançar o Monte Sharp o quanto antes e o desejo de examinar, perfurar e mastigar rochas ao longo do caminho.
Nossa equipe tem mais de 450 cientistas que definiram como prioridade alcançar o Monte Sharp, com essas breves paradas nos pontos de controle”.
O JPL, uma divisão do Caltech em Pasadena, gerencia o Mars Science Laboratory Project para o Science Mission Directorate da NASA em Washington, e construiu o rover do projeto.
Mais informações sobre o rover Curiosity podem ser encontradas online, em: www.jpl.nasa.gov/msl, www.nasa.gov/msl e http://mars.jpl.nasa.gov/msl.
Você pode seguir a missão no Facebook e no Twitter.
JPL - NASA
Via: CiencTec
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