sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Água no deserto marciano
As crateras em Marte uma vez já foram completamente preenchidas com sedimentos e água que há muito transbordaram, porém, traços de suas antigas vidas como lagos lamacentos ainda permanecem lá e se transformaram em grandes desertos marcianos.
As imagens feitas em 15 de Janeiro de 2013 pela sonda Mars Express da ESA, mostram uma região a pouco graus ao sul do equador marciano dentro das antigas terras altas do sul de Marte.
A região sem nome, localiza-se imediatamente ao norte de um antigo leito de rio conhecido como Tagus Valles e a leste do Tinto Valles e da Cratera Palos, que já foram apresentados em outras imagens da Mars Express.
A cratera com 34 km de largura na parte superior esquerda da imagem principal dessa matéria talvez chame mais atenção com seu interior caótico.
Aqui, vastos blocos com o topo achatado, chamados de mesas podem ser encontrados ao longo feições paralelas menores sopradas pelo vento e conhecidas como yardangs.
Tanto as mesas como as yardangs foram escavadas de sedimentos que originalmente preenchiam a cratera e que foram depositados durante eventos de inundação que cobriu toda a cena.
Com o passar do tempo, os sedimentos mais fracos foram erodidos, deixando para trás padrões de blocos aleatórios mais fortes.
Evidências posteriores do passado úmido dessa cratera podem ser vistas na parte superior direita da cratera na forma de um pequeno canal de um rio.
Pistas também indicam uma linha fantasma que demarcaria uma antiga cratera localizada a aproximadamente 20 km a leste.
Enquanto que a cratera parece ter sido completamente apagada do registro geológico, um longo canal meandrante parece ter permanecido, e flui em direção a cratera no centro da imagem.
Esse complexo central de crateras é visto de perto na imagem em perspectiva, mostrando em mais detalhe outra feição parecida com canal, juntamente com uma cratera altamente deformada.
Talvez o anel dessa cratera erodida foi violado à medida que sedimentos inundaram a cratera maior.
A cratera também é vista de um ângulo diferente e no fundo da segunda imagem em perspectiva mostrada abaixo.
Em primeiro plano está uma das crateras mais profundas da cena, como indicado pelo mapa topográfico.
Numerosos deslizamentos de terra ocorreram dentro dessa cratera, talvez facilitados pela presença de água que enfraqueceu as paredes da cratera.
Ranhuras marcam a parede interna da cratera, e a passagem das rochas, enquanto que pilhas maiores de material escorregaram e se acumularam no assoalho da cratera.
Um grupo de crateras interconectadas com o assoalho plano e suavizado pelos sedimentos localiza-se na parte inferior direita da imagem principal.
Uma pequena cratera com um depósito de detritos proeminente, uma cobertura de material ejetado, localiza-se dentro da cratera.
Coberturas de material ejetados são compostas de material que foi escavado de dentro da cratera durante a sua formação.
Essa cratera, em particular, exibe uma rampa de cobertura de material ejetado, com lobos em forma de pétala ao redor das bordas.
A água líquida atuou nesse material ejetado permitindo que ele fluísse ao longo da superfície, dando a ele a aparência fluida.
Mas não foi só a água que atuou nessa região de forma decisiva, erupções vulcânicas também tiveram seu papel.
Uma camada escura de poeira fina cobre o canto superior esquerdo da imagem principal que pode ter sido ali depositada pela atividade da província vulcânica Elysium localizada a nordeste dessa região.
Com o passar do tempo, a poeira foi redistribuída pelo vento, e soterrou depósitos expostos em áreas localizadas pela erosão.
Essa região é uma das evidências mais expostas do passado ativo do Planeta Vermelho, e mostra que as marcas de água podem ser encontradas encrustadas até mesmo nos campos mais improváveis repletos de crateras antigas.
Fonte: ESA
Via: Cienctec
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