Cratera concêntrica na Bacia Apollo
A superfície da Lua encontra-se crivada de estruturas de impacto com uma grande variedade de dimensões e morfologias. No entanto, apesar de serem tão diversas, os astrônomos usam estas duas características para agrupar as crateras lunares em três categorias básicas: crateras simples, crateras complexas e bacias multi anelares. As primeiras são estruturas circulares em forma de taça, com menos de 10 a 15 quilômetros de diâmetro. As crateras complexas têm, geralmente, uma dimensão superior a 10 a 20 km, e exibem uma morfologia mais complicada, caracterizada pela presença de um pico central bem definido, chão plano e, por vezes, terraços resultantes do colapso da orla. As bacias multi anelares são estruturas remanescentes dos impactos mais violentos alguma vez ocorridos na superfície lunar, e apresentam dimensões na ordem das centenas de quilômetros, e dois os mais anéis montanhosos concêntricos no seu interior.
Algumas crateras lunares possuem características porém tão bizarras que as deixam fora de qualquer uma destas categorias. É o caso da cratera da imagem de cima.
Esculpida nos depósitos basálticos que preenchem o interior da Bacia Apollo, esta invulgar cratera com apenas 11,5 quilômetros de diâmetro possui dois anéis interiores concêntricos. Ainda não é inteiramente claro o mecanismo responsável pela formação destas estruturas; no entanto, uma das explicações possíveis poderá ser que no local de impacto existam múltiplas camadas estratigráficas com resistências distintas ao poder destrutivo da energia libertada pela colisão.
Veja mais: Concentricity in Apollo Basin
Via: AstroPT


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