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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A recente passagem próxima da Terra do Asteroide 2004 BL86 e sua pequena lua

Este GIF apresenta o Asteroide 2004 BL86 e sua pequena lua, que seguramente passou próximo da Terra no dia 26 de janeiro de 2015. Crédito: © NASA/JPL-Caltech
  No dia 26 de janeiro, os cientistas trabalharam com a antena da Deep Space Network de 70 metros em Goldstone, na Califórnia, e registraram as primeiras imagens de radar do Asteroide 2004 BL86.

  As imagens demostram que o asteroide com sua pequena lua, realizou sua maior aproximação da Terra, viajando a cerca de 1,2 milhões de quilômetros de distância do nosso planeta, ou o equivalente a 3,1 vezes a distância entre a Terra e a Lua.


  As vinte imagens individuais utilizadas no pequeno filme foram geradas a partir de dados coletados em Goldstone. Elas demostram o corpo primário com cerca de aproximadamente 325 metros de diâmetro e uma pequena lua com cerca de 70 metros de diâmetro.

  Na população dos chamados Objetos Próximos da Terra (Near-Earth Objects ou NEO’s), somente 16% dos asteroides que tem 200 metros ou mais de diâmetro são binários (um corpo primário orbitado por um a lua) ou até mesmo sistemas triplos (com duas luas).

  A resolução das imagens em radar é cerca de 4 metros por pixel. A trajetória do Asteroide 2004 BL86 foi bem analisada. O sobrevoo ocorrido nessa segunda-feira (26) foi o ponto mais próximo da Terra que o asteroide chegou, no mínimo, nos próximos dois séculos.

  É também o mais próximo que um asteroide desse tamanho irá passar da Terra até o ano de 2027, com o sobrevoo do 1999 AN10. O Asteroide 2004 BL86 foi descoberto no dia 30 de janeiro de 2004, pelo projeto de pesquisa LINEAR (Lincoln Near-Earth Asteroid Research) em White Sands National Monument no Novo México.

  Radar é uma poderosa técnica utilizada para estudar o tamanho, a forma, o estado de rotação, as feições superficiais e a rugosidade da superfície dos objetos, melhorando assim o cálculo das órbitas dos asteroides. As medidas de radar da distância do asteroide e das velocidades normalmente permitem o cálculo das órbitas para um futuro bem mais distante em comparação com observações que são realizadas sem radar.

  A NASA tem como alta prioridade rastrear os asteroides e proteger nosso planeta deles. De fato, os Estados Unidos têm o mais robusto e produtivo programa de pesquisa e detecção para a descoberta dos objetos. Até o momento, os Estados Unidos, já descobriu cerca de 98% dos NEO’s conhecidos.

  No Brasil temos uma grande iniciativa no sentido de rastrear os NEO’s, o Observatório SONEAR em Minas Gerais, realiza um belo trabalho no rastreio e descoberta desses objetos. No caso do Asteroide 2004 BL86, o SONEAR conseguiu registrar a passagem.

  Além disto, a NASA tem uma série de parcerias com outras agências governamentais, astrônomos em universidades, institutos de pesquisa espalhados pelos Estados Unidos, por meio de subsídios, transferências entre agências internacionais e outros contratos, para entender ao máximo sobre os asteroides, trabalhando em conjunto para um melhor rastreio destes objetos.

  A missão OSIRIS-REx em direção ao asteroide 101955 Bennu pavimentará o futuro das sondas desenhadas para realizar o reconhecimento em qualquer objeto ameaçador recém descoberto.

  Além de monitorar alvos potencialmente perigosos, o estudo de asteroides e cometas permite uma valiosa oportunidade para aprender mais sobre as origens do Sistema Solar, a fonte de água da Terra e até mesmo a origem das moléculas orgânicas que levaram ao desenvolvimento da vida.

  A OSIRIS-REx é a terceira missão do programa espacial da NASA chamado New Frontier. A NASA também continua trabalhar na jornada para Marte através do progresso da Asteroid Redirect Mission (ARM), que testará um grande número de capacidades necessárias para futuras expedições humanas ao espaço profundo, incluindo Marte.

  Isto inclui um avançado Solar Electric Propulsion — uma maneira eficiente de movimentar carga pesada utilizando energia solar, que poderá auxiliar no pré posicionamento de carga para futuras missões ao planeta vermelho. Como parte do ARM, uma sonda se aproximará de um NEO e redirecionará o asteroide para uma órbita estável ao redor da Lua.

  Assim, astronautas poderão explorar o asteroide na próxima década, ajudando a testar modernas capacidades de voos espaciais como novos trajes espaciais e técnicas de retorno de amostras. Astronautas no Johnson Space Center da NASA em Houston começaram o treinamento e prática das capacidades necessárias para esta missão.

‣ Fonte (em inglês): NASA
‣ Via: CiencTec

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